terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Campeões do Mundo na net




Fomos Campeões do Mundo


Depois de tanto trabalho, de tanta espera e ansiedade, como num piscar de olhos Campeões do Mundo, chegou, e passou, deixando em toda a equipe um gostinho de quero mais!
Como programado as apresentações aconteceram nos dias 8, 9 e 10 às 11 da manhã. Todos os dias com a sala lotada. Tanto que nós, atores, tivemos que lidar com uma pequena adaptaçãozinha no espaço.
O espetáculo teve cerca de 2hrs de duração, e não tinha nada mais gratificante do que espiar a platéia da coxia e vê-la depois de mais de uma hora de peça, atentas. Além dos calorosos aplausos, abraços e retornos da platéia.
Agradecemos aos nossos apoiadores (Padaria Canaã, Centro Técnico do TCA, Teatro SESI, Pizzaria Sertão na Lenha, Instituto Geográfico, Escola de Teatro), à Daniel Marques pela força com a impressão gráfica, à Denise Coutinho pelo carinho e pelas fotos (em breve divulgadas), aos professores do módulo por nos fazer seguir nesse caminho, por vezes tão dificil, rumo ao entendimento da convenção realista, à Hebe Alves pela coordenação e assistência e à nossa queridíssima Elaine Cardim pelo sangue que deu pelo projeto, e por todo entusiasmo que nos ajudou a manter durante todo esse processo tão delicioso. Sem vocês isso não seria possível.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Campeões do Mundo estréia amanhã!


Finalmente chegamos ao final de mais esta etapa, e amanhã é a hora de mostrar o que todos esses dias de trabalho, o que toda essa entrega e dedicação foi capaz de produzir!
Desde já agradecemos a todos os nossos amigos e apoiadores!
Não percam!
Dias: 8,9 e 10
Horário: 11 da manhã
Local: Sala V, Escola de Teatro da UFBA , Canela.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Tá nascendo...

(Primeira opção de cartaz)



No momento em que se discute a abertura dos processos de cerca de 70 ex-presos políticos, entre eles a presidente Dilma Rousseff, os alunos dos Módulos II de Interpretação e de Direção Teatral, da Escola de Teatro da UFBA, trazem a Montagem Didática do espetáculo “Campeões do Mundo”, da obra de Dias Gomes. O espetáculo se passa nos anos de chumbo da ditadura militar, entre 1963 e 1979, e tem como história central o seqüestro de um embaixador americano como ação guerrilheira de luta pela democracia.
A peça reflete sobre uma parte recente da história brasileira, onde os ideais de liberdade e defesa da pátria mobilizam militares, jornalistas, empresários, estudantes, operários, intelectuais e artistas. Traz a tona os conflitos internos e externos dos personagens e das situações por eles vividas, questionando posições e verdades estabelecidas.
O exercício de criação cênica, fundamentado na convenção realista, engloba pesquisas e estudos sobre a época, obras ficcionais e depoimentos de pessoas que se mantiveram vivas.

Serviço:
Onde: Sala 5, Escola de Teatro da UFBA (Canela)
Quando: 8, 9 e 10 de dezembro
Horário: 11hs
Quanto: Gratuito (senhas distribuídas 30 min. antes da apresentação, até a lotação permitida). Pedimos a doação de 1kg de alimento não perecível

Ficha Técnica:
Coordenação dos Módulos: Hebe Alves
Direção: Elaine Cardim
Assistentes de direção: Cléia Cardoso, Fausto Soares, Georgenes Isaac, Hilda Lopes Pontes, João Paulo Saraiva e Tacira Coelho.
Elenco: Aísha Britto, Alex Barreto, Amauri Oliveira, Andrea Rodrigues, Daniel Moreno, Fernanda Beltrão, Fernando Antônio Jr., Fred Alvin, Jéssica Menezes, João Rodrigues, Laís Machado, Larissa Ratón, Laura Sarpa, Luisa Muricy, Patrícia Oliveira, Rafael Bulhões, Raphaela de Paula, Thiago Carvalho, Thierri Cérbero e Yuri Tripodi.

Primeiro passadão

Por Laís Machado
Ontem (22), fizemos o nosso primeiro "passadão". Diante de Elaine Cardim, nossa diretora, Hebe Alves, sua assistente, Mariana Freire, e a turma de direção.
Foi maravilhoso, por podermos diagnosticar os problemas que existem. Em relação à interpretação, intenções, cenário, entradas e saídas e por aí vai. Além de ter sido muito enriquecedor para nós, atores, ouvir o feedback de quem assistiu!
Eita!! Vamo que Vamo! Nossa luta contra nosso inimigo, tempo, continua!
Saudações Esquerdistas
Companheira Joana

Carta aos Companheiros

Olá Companheiros,


Neste sábado, não fomos ao Estádio de Pituaçú fazer nosso laboratório, como desejava Companheira Matilde. Mas, se repararem, estamos vivendo, em nossas casas, um laboratório fantástico hoje.


Brincadeiras à parte, agora enquanto escrevo, ouço fogos de artifício, que assustam os meus cachorros, ouço gritos do meu vizinho de “Bahêa, minha poha”, que incomodam a minha mãe. Passei por ruas que por hora estavam desertas, mas que, em breve, se tornarão palco de um carnaval. Recebi, momentos antes, a notícia de que meu irmão foi perseguido na rua por alguns caras, creio que por ser torcedor do Vitória, e só não lhe aconteceu nada porque, graças a Deus, ele é bastante veloz e conseguiu chegar à casa de um amigo a tempo.


Sempre que penso no texto que escolhemos pra nossa montagem final, sempre que assisto filmes e vídeos, sempre que discuto sobre o tema, sempre que estudo o texto de alguma forma, me lembro da nossa primeira reunião, onde Elaine levantou o questionamento: Por que montar Campeões do Mundo hoje? E sempre que penso nisso, uma música, ou melhor, algumas me vêm à mente, para responder. Dentre elas uma me chama muito a atenção e reforça pra mim o quão atual é este tema. Que voltou a minha mente, quando pensei na importância que se tornou essa vitória do Bahia.


Como lembrou Lucílio, o tema principal deste texto não é a ditadura. É o poder. O poder que a mídia exerce sobre as pessoas, o poder que a massa tem, o poder que as grandes distrações exercem sobre a sociedade. As pessoas que remaram contra aquela maré de tranqüilidade e progresso que se alcançava com a Ordem estabelecida sob o comando militar, não poderiam, realmente, serem vista com bons olhos.


Hoje não é mais a ditadura que nos oprime. Vivemos num regime democrático. Onde um partido de esquerda assume o cargo político mais importante. Agora sob a batuta de uma mulher, e mais, ex-militante. Não podíamos estar vivendo um período mais diferente do que aquele vivido pelos personagens de nosso texto. Mas tudo é tão igual. O que há de errado, então?


A mídia ainda exerce muita influência em todos. Sem exceções. E esse domínio é cada vez maior, e por meios de comunicação cada vez mais diversos. Fabricam, todos os dias, heróis e vilões, a seu bel prazer. E a população, como se acompanhasse uma novela, esquece o antigo herói assim que aparece um novo. Esquece o antigo vilão, assim que outro faz o que parece ser mais cruel. Mas, como não acredito na existência de um medidor para a crueldade, afirmo: é apenas mais atual.


Pessoas que se manifestavam contra o regime eram punidas, se dessem sorte, eram, de acordo com o “Brasil, ame-o ou deixe-o”, mandadas para fora do país, ou, outras com menos sorte, simplesmente desapareciam. Hoje, experimente denunciar um traficante e ser descoberto por ele. Militantes ainda morrem, aqui, no Amazonas e em outros estados, vira e mexe sai uma noticia por aí. Pessoas se calam por medo.


Alguns pensam que hoje, se comparado ao período, há paz. Que hoje não há uma censura pra nos proibir de falar. Só peço que se lembrem que naquele período também havia pessoas que se viam num mar de paz. E sim, hoje, podemos falar. Não nos faltam meios de comunicação, mas não há pessoas pra ler. Pois a grande maioria prefere não se envolver com este tema e acompanhar as novelas dos heróis e vilões que falei anteriormente.


Isso tudo me veio à mente, ao pensar na vitória do Bahia, e no frisson que isso causou. Adoro futebol, e num Estádio, torcendo pelo Vitória, fico ensandecida. Mas por que todo esse reboliço porque o Bahia subiu? Com tanta coisa acontecendo. Há poucas semanas íamos às urnas para escolher quem exerceria o cargo mais alto na nossa política por 4 anos, sem contar com governadores e os deputados, e nessa hora, cadê o povo? Ouvi muitos reclamarem que esta eleição estava vergonhosa, que, na urna, iriam votar no “menos pior” ... Nessa hora cadê o povo? Todo dia morre um aqui no nordeste (meu bairro), ou um é assaltado a caminho do trabalho, aqui ou em qualquer lugar... Nessa hora, cadê o povo?


Dessa vez, nós, atores, artistas, é que remamos contra a maré. Não podemos seqüestrar um embaixador, pra chamar a atenção do país, mas podemos subir no palco e dizer. O que quisermos, e como quisermos. Não é algo imediato, é um trabalho de formiguinha. Mas lá podemos ser os “ Campeões do mundo”.

Manual do Guerrilheiro Urbano

Os brasileiros estão diante de uma alternativa ou resistem à situação criada com o golpe de 1º de abril ou se conformam com ela. O conformismo é a morte. Sou comunista, sou dirigente comunista, não abdicarei jamais de minha condição de comunista. Esse direito eu o tenho assegurado pela constituição. Não há força humana que me possa afastar do ideal que abracei. É uma questão de convicção. Minhas idéias estão expostas em artigos e trabalhos escritos. São coisas públicas e legais, do conhecimento de todo o mundo.
Obviamente também da polícia.
(CARLOS MARIGUELLA)

MANUAL DO GUERRILHEIRO URBANO
Original de Carlos Mariguella
Recortes: Elaine Cardim (Companheira Matilde)

O INIMIGO: O TEMPO
O IDEAL: O TEATRO
A MISSÃO: CAMPEÕES DO MUNDO

Qualidades Pessoais de um Guerrilheiro Urbano

O guerrilheiro urbano é caracterizado por sua valentia e sua natureza decisiva. Tem que ser bom taticamente e ser um líder hábil. O guerrilheiro urbano tem que ser uma pessoa preparada para compensar o fato de que não tem suficientes armas, munições e equipe.
Estas dificuldades tem que ser superadas, o qual força ao guerrilheiro urbano a ser imaginativo e criativo, qualidades que sem as quais seria impossível para ele exercer seu papel como revolucionário.
O guerrilheiro urbano tem que ter a iniciativa, mobilidade, e flexibilidade, como também versatilidade e um comando para qualquer situação. A iniciativa é uma qualidade especialmente indispensável. Nem sempre é possível se antecipar tudo, e o guerrilheiro não pode deixar se confundir, ou esperar por ordens. Seu dever é o de atuar, de encontrar soluções adequadas para cada problema que encontrar, e não se retirar.
Outras qualidades importantes no guerrilheiro urbano são as seguintes: que possa caminhar bastante; que seja resistente à fadiga, fome, chuva e calor; conhecer como se esconder e vigiar, conquistar a arte de ter paciência ilimitada; manter-se calmo e tranqüilo nas piores condições e circunstâncias; nunca deixar pistas ou traços.
Na frente das dificuldades quase impossíveis da guerra urbana, muitos camaradas enfraquecem, se vão, ou deixam o trabalho revolucionário.
Quando já não pode fazer frente às dificuldades, ou reconhece que lhe falta paciência para esperar, então é melhor entregar seu posto antes de trair sua promessa, já que lhe faltam as qualidades básicas necessárias para ser um guerrilheiro.
O guerrilheiro urbano tem que ter uma grande capacidade de observação, tem que estar bem informado a respeito de tudo, em particular dos movimentos de seu inimigo, tem que estar constantemente alerta, procurando, e ter grande conhecimento sobre a área em que vive, opera, ou através da qual se movimenta.

Preparação Técnica do Guerrilheiro Urbano

Ninguém pode se converter em guerrilheiro urbano sem prestar particular atenção à preparação técnica.
Esta preparação técnica do guerrilheiro urbano baseia-se na sua preocupação pela preparação física, seu conhecimento e no aprendizado de profissões e habilidades de todas classes, particularmente as habilidades manuais.
O guerrilheiro urbano somente pode ter uma forte resistência física se treinar sistematicamente. Não pode ser um bom soldado se não estudou a arte de lutar.
O nível mais alto de preparação do guerrilheiro urbano é o centro para treinamento técnico. Mas somente o guerrilheiro que passou pelo exame preliminar pode atender a esta escola, isto é, um que tenha passado a prova de fogo em ação revolucionária, em combate verdadeiro contra o inimigo.


O Grupo de Fogo

Para poder funcionar, o guerrilheiro urbano tem que estar organizado em pequenos grupos, dirigidos e coordenados por uma ou duas pessoas, isto é o que constitui um grupo de fogo
Dentro do grupo de fogo tem que haver confiança plena entre os camaradas.
Quando existem tarefas planejadas pelo comando estratégico, estas tarefas tomam preferência. Mas não há tal coisa com um grupo de fogo sem sua própria iniciativa. Nenhum grupo de fogo pode permanecer inativo esperando ordens de "cima". Sua obrigação é de atuar.
O comando geral conta com o grupo de fogo para realizar seus objetivos de natureza estratégica e para fazê-lo em qualquer parte do país. Por sua parte, ajuda aos grupos de fogo com suas dificuldades e necessidades.
A organização é uma rede indestrutível de grupos de fogo e de coordenações entre eles, que funciona simples e praticamente com o comando geral e que também participam nos ataques; e organização que existe com o único propósito, simples e puro, de ação revolucionária.
A leitura cuidadosa da imprensa com atenção particular aos órgãos de comunicação em massa, a investigação de fatos acumulados, a transmissão de notícias e tudo observado, uma persistência em ser informado e em informando os outros, tudo isto compõe a questão intrincada e imensamente complicada de informação que lhe dá ao guerrilheiro urbano a vantagem decisiva.

Decisão

Não é suficiente para o guerrilheiro urbano ter a seu favor surpresa, velocidade, conhecimento do terreno e informação. Ele também deve demonstrar seu comando em qualquer situação e uma capacidade de decisão sem a qual todas as demais vantagens lhe resultariam inúteis.
É impossível levar ao fim qualquer ação, sem estar bem planejada, se o guerrilheiro urbano resulta ser indeciso, incerto ou irresoluto.
Ainda uma ação que tenha sido começada com sucesso pode terminar em derrota sem o comando da situação e a capacidade para tomar decisões falhar em meio a execução do plano. Quando este comando da situação e a capacidade para a decisão estão ausentes, este vazio é preenchido pela hesitação e o temor. O inimigo toma vantagem desta falha e é capaz de liquidar-nos.
A decisão significa colocar em prática, o plano que foi idealizado, com determinação, com audácia, e com uma firmeza absoluta. Somente basta uma pessoa que hesita perder tudo.

Guerrilha Urbana, Escola para Selecionar o Guerrilheiro

Desde agora, os homens e mulheres escolhidos para a guerra de guerrilha urbana são trabalhadores; camponeses a quem a cidade atraiu por seu potencial de trabalho e quem regressarão à área rural completamente doutrinados e tecnicamente preparados; estudantes, intelectuais e sacerdotes.
Os trabalhadores tem conhecimento infinito da esfera industrial e são os melhores nos trabalhos revolucionários urbanos.
Os camponeses tem uma intuição extraordinária de conhecimento da terra, juízo no confronto do inimigo, e a indispensável habilidade de comunicar com as massas humildes.
Os estudantes se destacam por ser politicamente cruéis e rudes e por tanto rompem todas as regras. Quando são integrados na guerrilha urbana, como esta ocorrendo agora em grande escala, ensinam um talento especial para a violência revolucionária e pronto adquirem um alto nível de destreza político-técnico-militar. Os estudantes tem bastante tempo livre em suas mãos porque são sistematicamente separados, suspendidos e expulsos da escola pela ditadura e assim começam a usar seu tempo vantajosamente a favor de a revolução.
Os intelectuais constituem a vanguarda da resistência aos atos arbitrários, às injustiças sociais e à inumanidade terrível da ditadura. Eles expandem a chamada revolucionária e tem uma grande influência na população. O guerrilheiro urbano intelectual é o aderente ás moderno da revolução brasileira.
Os homens da igreja, isto é, aqueles ministros ou sacerdotes de várias hierarquias e denominações, representam um setor que tem habilidade especial para comunicar-se com o povo, particularmente os trabalhadores, camponeses, e a mulher brasileira. O sacerdote que é um guerrilheiro urbano é um ingrediente poderoso na guerra revolucionária brasileira, e constituem uma arma poderosa contra o poder militar e o imperialismo norte-americano.
Como uma escola para escolher o guerrilheiro, a guerra de guerrilha urbana prepara e coloca ao mesmo nível de responsabilidade e eficiência a homens e mulheres que compartilham os mesmos perigos de lutar, buscar suprimentos, servir como mensageiros ou corredores, ou motoristas, ou navegantes, ou pilotos de aviões, obtendo informação secreta, e ajudando com a propaganda ou o trabalho de doutrinação.

O Processo...

Por Laís Machado

Os personagens foram distribuídos, os cronogramas de ensaio e de produção estabelecidos, as tarefas divididas, e até codinomes foram criados (Aos poucos algns serão apresentados [risos]). Passamos pelo Braim storm, com muitos vídeos, e reportagens sobre a época, muita pesquisa e muita entrega. Agora estamos na etapa de organização em cena, desse material coletado. A teoria volta à cena a todo instante. Temos agora um “vocabulário” comum. Ao contrário do que acontecia no começo do semestre, fato constatado nas várias sondagens feitas pelos professores, nas primeiras aulas. A partitura da mesa, também é invocada muitas vezes, principalmente em momentos em que os personagens estão com as energias externa e internas em freqüências muito diferentes. O texto não é muito realista, por conta dos muitos flashbacks. Por conseqüência, a encenação também não é. E pra completar, ainda teremos que dobrar personagens, por conta da quantidade de alunos na turma. O realismo estará mais bem representado no trabalho do ator. Em resumo, embora o texto e a encenação não sejam realistas, a interpretação o é. E aos poucos as cenas vão ganhando corpo, e o espetáculo vai se configurando.

Montagem Final

Por Laís Machado

O texto escolhido para essa montagem, não foi pensado, quando nos foi perguntado que texto gostaríamos de montar, mas depois que nos foi apresentado como uma das opções, foi escolhido com unanimidade. Montaremos Campeões do Mundo, de Dias Gomes, e nunca vi minha turma tão empolgada.
O tema é a ditadura no Brasil. O que já é instigante o suficiente. A abordagem de Dias Gomes, com suas alternâncias entre o épico e o dramático é fascinante.Além disso, Elaine foi muito feliz na escolha de como começar sua abordagem.
Fez algumas “audições” e o burburinho em torno dos personagens foi outra coisa que estimulou.
Acho que a maior conquista dessa primeira etapa foi a construção, ou, reafirmação da identidade de grupo de nossa turma.Agora é hora de trabalhar!!



(Diário de bordo – 11 de novembro de 2010)

Mostra Parcial - O Pai

Por Laís Machado

Depois de passarmos a primeira unidade trabalhando a concentração e corpo do ator, chegou a hora de trabalhar a contracena. E como exercicio, recebemos a tarefa de apresentar algumas cenas de O pai ( um dos textos clássicos realistas, estudados no componente de dramaturgia, com Cleise Mendes).
Os estudantes de Direção, escolheram as cenas. E os de interpretação, sem saberem quem dirigiria cada cena, escolheram quais personagens gostariam de fazer. A partir de então, estava lançado o desafio: Trabalhar um personagem realista, em apenas uma semana, e com um diretor que talvez não fosse a escolha que cada um faria.
A tarefa foi coordenada por Hebe Alves e Elaine Cardim, professoras do componente eixo de direção e interpretação, respectivamente. E no fim, foi feita a colagem do espetáculo. E o que era pra ser uma apresentação de cenas "isoladas", tornou-se uma adaptação da peça. Um espetáculo só.
Embora, durante todo o processo, os trabalhos com a cena, tenham sido individuais, no dia do ensaio geral, e da apresentação, a mágica aconteceu, e o que foi apontado por Hebe no fim do semestre passado, como o maior ganho da nossa turma, foi reafirmado: A nossa união.
Não teve uma pessoa que entrasse em cena sem ter sido apoiada por todos que estavam na coxia. Não teve uma pessoa que estava preocupada apenas com sua cena. Todos estavam torcendo pelo resultado global. E isso não partiu de nenhuma indicação de direção, mas sim da gente. Tudo muito verdadeiro e bonito de se ver. Nessa hora nos sentimos fora de nossas ilhas. E a expectativa para a montagem final começou a crescer em todos nós.
Ao final da avalição da Mostra, recebemos um presente deHebe. Uma fala de um professor, muito estimado por todos nós.

"Gostei muito do que vi. Valeu à pena ter subido todas essas escadas para assistir essa mostra. Me senti recompensado." (Harildo Deda)

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Equipe de professores 2010.2

Continuam na equipe:

Hebe Alves - Como coordenadora do módulo
e Elaine Cardim - Como professora do componente eixo "Improvisação e interpretação II" 

Chegam:
Jacyan Castillo- Componente curricular - Técnicas de Corpo para a cena II
Mariana Freire - Componente curricular - Técnica Vocal II
Fabio Dalgalo - Componente curricular - Projeto de pesquisa em artes cênicas
Amanda Maia - Componente curricular - Historia do teatro I
Cleise Mendes - Componente curricular - Análise de textos I
Manhã Orthys - Componente curricular -Caracterização I

Realismo

No dia 11 de agosto de 2010 , teve início mais um semestre na Escola de Teatro: O nosso módulo II. Que terá como eixo o Realismo.
E máxima deste semestre é ...
"MENOS É MAIS"

Aguardem novidades...

Equipe de professores 2010.1

Resumindo os posts anteriores esta foi a equipe de professores que nos acompanhou neste nosso "primeiro momento" na Escola de Teatro

Hebe Alves - Componente Curricular - Improvisação e Interpretação Teatral I (Componente eixo do módulo) - Além da coordenação do módulo.
Elaine Cardim - Componente curricular - Técnica Vocal I 
Denise Coutinho- Componente Curricular - Introdução à Pesquisa em Artes Cênicas
Luíz Marfuz - Componente Curricular - Estética Teatral 
Leonel Hencks - Componente Curricular - Técnicas de Corpo para a cena I 
Sônia Rangel - Componente Curricular - Artes Visuais 
 

domingo, 25 de julho de 2010

Frases nossas de cada dia.

  • "Obrigada, meu Deus!" - Hebe Alves
  • " Eles são eles mesmos" - Andrea Rodrigues
  • "Arrasou" - Luisa Muricy
  • "Aham Cláudia, Senta lá" - Fernanda Beltrão
  • " Coisa triste é ..." - Andrea Rodrigues
  • "Desculpe se eu nasci" - Laís Machado
  • "Você é bem dessas!" - Thiago Carvalho
  • "PZB" - Hebe Alves

  • "Preposição é vida" - Fernanda Beltrão

    sábado, 24 de julho de 2010

    O que foi o Módulo 1?

    A Montagem Didática do Módulo 1, 2010, do Curso de de Teatro da Universidade Federal da Bahia - UFBA, turma de interpretação, configura-se como resultado da junção de conteúdos, conhecimentos, técnicas e improvisações experimentados durante o 1° semestre do referido ano. O módulo foi composto pelos seguintes componentes curriculares e respectivos professores: Improvisação e Interpretação Teatral, Profª Hebe Alves; Estética teatral, Profº Luíz Marfuz; Artes Visuais, Profª Sônia Rangel; Introdução a Pesquisa em Artes Cênicas, ProfªDenise Coutinho;Técnica Vocal I, profª Elaine Cardim; Técnica Corporal I, profª Leonel Hencks.
    A turma de interpretação compõe-se de 20 acadêmicos que encontraram-se e se encontraram no Curso de Interpretação da UFBA a partir do mês de março. No decorrer desses encontros analisaram, agregaram, desnudaram, doaram, depuseram, dispuseram, ausentaram e, sobretudo, "brincaram" com tudo e com todos: partitura de pontos, quadrinhos, montagem de cenas, música, jogos, composição de linha, cores, improvisações, textos, danças, príncipios básicos de composição de figurinos, noções de luz e pigmentos, corpo, voz, métodos de pesquisa...Enfim, um caldeirão de experimentações dirigidos pela competência, pulso firme e bem humorado dos PZB's, PI's, PR's, CO's, CR's PZL's da Professora Hebe Alves que agora apresentam-se materializados na montagem final "Por que você acha?".

    Texto de Efigênia Alkmin - Unimontes

    segunda-feira, 14 de junho de 2010

    Por que você acha?


    No teatro, valorizamos o achado no arranjo cênico. O termo indica um efeito cênico produzido ao acaso. Um bom achado funciona como um dado unificador dos elementos da montagem.
    Ao trazê-lo para o corpo desta mensagem, pretendo destacar o tema que norteou os trabalhos com os estudantes deste módulo em seu componente eixo: improvisação teatral.
    A tarefa proposta era conduzir a passagem da noção de improvisação teatral, corrente no senso comum, para o entendimento da improvisação como prática desenvolvida baseada em princípios intrínsecos ao fazer teatral.
    Desse modo, descobre-se que o achado teve sua razão de ser no amparo da técnica. Que se achou com base em um procedimento gerado por uma pergunta: como fazer determinada cena? Como construir cenicamente um dado sentido?
    Ao longo do semestre, os estudantes assimilaram uma dinâmica de atuação cênica a partir da improvisação apoiada na técnica de montagem teatral. Nela, seqüências textuais ou cênicas, constituídas de uma sucessão de instantâneos, são articuladas resultando na elaboração do espetáculo como um todo.
    O achado é, pois, uma construção.
    A pergunta o que você acha? Reflete o ambiente de discussão no qual se processou a análise de procedimentos e pressupostos característicos da investigação artística e sua relação com aqueles próprios da atividade do pesquisador de uma maneira geral.

    “A montagem é a arte da recuperação de materiais antigos; ela nada cria ex nihilo e, sim, organiza a matéria narrativa cuidando de sua decupagem significante.” (PAVIS, 1999, pág. 249).
    (Texto de Hebe Alves)

    FICHA TÉCNICA
    DIREÇÃO GERAL

    Hebe Alves

    ASSISTENTES DE DIREÇÃO

    Efigênia Alkmim

    Elaine Cardim

    Hilda Lopes Pontes

    Leonel Hencks

    Leonardo Alves

    Ricardo Malveira

    Mirian Walderez

    Paulo Henrique Dias Costa

    SELEÇÃO DE TEXTOS

    Denise Coutinho

    ROTEIRO

    Hebe Alves

    ILUMINAÇÃO

    Fred Alvin

    ASSISTENTES DE ILUMINAÇÃO

    João Paulo Silveira

    OPERAÇÃO DE LUZ

    Fausto Soares

    AMBIENTAÇÃO CÊNICA E CONTRA-REGRAGEM

    Raílson Oliveira

    OPERAÇÃO DE SOM

    Georgenes Isaac

    PROGRAMAÇÃO VISUAL

    Paulo Henrique Dias Costa

    PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

    Efigênia Alkmin

    TRILHA SONORA

    Hebe Alves

    DIREÇÃO MUSICAL

    Luciano Salvador Bahia

    ADEREÇOS E FIGURINOS

    Sônia Rangel e Elenco

    ASSISTÊNCIA DE FIGURINOS

    Aísha Brito

    Laura Sarpa

    Raphaela de Paula

    Tacira Coelho

    PRODUÇÃO GERAL

    Alex Barreto

    Fernanda Beltrão

    Fernando Antônio

    Laís Machado

    Luisa Muricy

    Patrícia Oliveira

    Thiago Carvalho